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ENTENDA COMO A SAÚDE DA MICROBIOTA INTESTINAL AFETA SEU BEM-ESTAR

Estima-se que existem 200 a 400 bilhões de estrelas na Viá Láctea. No mundo, há um pouco mais de 8 bilhões de pessoas. Agora, nosso intestino é habitado por volta de 100 trilhões de microrganismos; existem mais células bactericidas do que células humanas no nosso corpo. Essa relação não é um dado aleatório, na realidade, é um dos aspectos principais do nosso bem-estar, saúde, disposição e humor. Então, às vezes, aquele cansaço, falta de ânimo e estresse que atrapalham seus dias podem ser melhorados através do cuidado com a alimentação e equilíbrio da microbiota intestinal.


O intestino exerce mais funções que somente absorver os nutrientes dos alimentos e ajudar na digestão. E, para que as cumpra, ele conta com a presença de uma grande quantidade de bactérias, vírus e fungos, sendo este ambiente chamada de "microbiota intestinal". Assim como nossa impressão digital, a microbiota é única para cada indivíduo, então, nada de receitas milagrosas! O correto é buscar atendimento personalizado de profissionais da área.


O microbioma é conformado até os dois anos de idade por diferentes fatores, como os microrganismos presentes na alimentação e nas pessoas próximas ao bebê, o tipo de nascimento - cesárea ou parto pelo canal vaginal -, o leite materno, consumo de alimentos artificiais e o uso de antibióticos antes dos dois anos.


Sabe aquela frase "Nós somos o que comemos"? Então, podemos adaptá-la para "Nós somos aquilo que nossos microrganismos produzem a partir do que comemos".




A dieta é o principal fator de influência na composição da microbiota. Uma boa alimentação, a ingestão de comidas saudáveis, alimentos variados e rico em fibras é imprescindível para a manutenção da saúde e diversidade dos microrganismos presentes no intestino. Já o consumo excessivo de processados e dos ultraprocessados acaba provocando desequilíbrio, também influenciado por cigarro, bebida, estresse e falta de atividades física.


A evolução da espécie humana dependeu da microbiota. Houve uma tipo de "seleção natural" dos microrganismos a partir do que comíamos, dos nossos hábitos e ambientes. Podemos citar, por exemplo, a metanobrevibactéria, microrganismo selecionado no processo evolutivo humano durante períodos de escassez de alimentos, cujo objetivo é retirar calorias daquilo que seria o “lixo”. Atualmente, nossos hábitos alimentares determinam a seleção das bactérias, influenciando diretamente na atividade metabólica e, à luz do que foi comentado, quando analisada a microbiota de indivíduos que fazem muitas dietas erradas ao longo da vida, há a presença das metanobrevibactéria mais do que o considerado normal.

Equipe Pitada Natural na feira
Foto: Daniel So - Research Dietitian and PhD Candidate (Reprodução/Monash University)

Consumir alimentos saudáveis e fibras é a principal maneira de cuidar da microbiota. O baixo consumo de fibras e não possuir boas bactérias digestivas, reflexo de uma constante má alimentação, impede a produção de ácidos graxos e gera gases em seu lugar, consequentemente, ocasiona uma série de problemas. Além de que, a falta de fibras leva ao consumo metabólico de cálcio e ferro, outro problemão para nossa saúde.


Grande parte das doenças contemporâneas tem como origem o desequilíbrio das bactérias microbióticas. Cada vez mais, estudos tem mostrado que o eixo de ligação entre a microbiota, intestino e cérebro pode ajudar no combate dos sintomas de ansiedade e depressão, dando grande destaque para as dietas ricas em fibras e a biossíntese de serotonina. A interação deste eixo ocorre, principalmente, devido à presença dos ácidos graxos de cadeia curta (substâncias produzidas através da fermentação das fibras ingeridas na dieta); serotonina intestinal; controle metabólico do triptofano, que favorecem a síntese de serotonina no cérebro; e do controle imunológico. Essa dinâmica tem ação direta sobre o humor, a medida que o baixo consumo de fibras desequilibra este sistema e pode levar ao agravamento dos sintomas da depressão e ansiedade.



Agora, vamos desmistificar algumas coisas!


Na palestra que ocorreu na Faculdade de Ciências Aplicadas da UNICAMP, no dia 15/05/2023, intitulada "Os Segredos do Intestino: Microbiota Como Novo Alvo Terapêutico", a professora Dra. Conceição Calhau mencionou que, por meio de pesquisas sobre a dinâmica das bactérias presentes no intestino, foi possível analisar o impacto da carne vermelha na saúde através de sua digestão e relação com a microbiota. No caso, existe uma diferença entre a alimentação a base de carne animal e a base de plantas, uma vez que o consumo de carne vermelha está relacionado ao crescimento de bactérias maléficas no intestino, levando a outros problemas no organismo. Também sabemos que o ferro é um nutriente elementar para o funcionamento do organismo, principalmente por conta do seu papel no transporte de oxigênio, além de ser central para a síntese de DNA e o metabolismo energético, bem como outras funções extremamente importantes. Nós adquirimos esse mineral por meio da alimentação, sendo tanto de fonte animal, quanto vegetal. Porém, de acordo com Conceição Calhau, as bactérias responsáveis pela digestão do ferro de origem animal e o de origem vegetal são diferentes, sendo as primeiras maléficas bactérias para o organismo. Quem é vegetariano ou vegano já cansou de ouvir falar sobre ferro e proteína, não é mesmo? Agora, a ciência mostra que o jogo virou, então, esse post é para você que não aguenta mais escutar de familiares que alimentação Plant Based faz mal.

Depois desse textão, a saúde da sua microbiota intestinal nunca mais será um tema trivial. E aí, já consumiu suas fibras hoje?

 

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